Após reviravolta, Justiça solta suspeita de matar a própria filha


A Justiça do Distrito Federal determinou a soltura provisória de Laryssa Yasmin Pires de Moraes, presa há quase dois anos após ter confessado que matou a própria filha, Júlia Félix de Moraes, de 2 anos. De acordo com a decisão, o delegado responsável pelo caso não incluiu no inquérito uma declaração em que Laryssa afirmava não ser a responsável pelo crime.


Segundo o Tribunal do Júri de Águas Claras, Laryssa em um termo, no momento do Registro de Ocorrência, que estava dormindo quando o crime ocorreu. Este depoimento, porém, nunca foi apresentado ao Ministério Público ou ao Tribunal.

De acordo a versão, o pai da criança, Giuvan Felix Araújo Costa, furado a filha com “uma faca pequena e bem afiada”. Ao perceber o ocorrido, Laryssa então teria usado outra faca para atacar o ex-companheiro, cortando lhe o rosto, atitude comemorada por Giuvan, que teria percebido a chance de usar o corte como um álibi para não ser incriminado.

Giuvan teria ainda tentado combinar com Laryssa que sustentasse a história de que um ladrão tinha invadido a casa, mas a mãe disse que “ficou calada e não conseguiu argumentar”. Segundo Laryssa, ela mesma reação ocorreu ao ser acusada, em frente á equipe de socorristas, de ter matado a filha.

O juiz responsável pelo caso atribuiu a culpa do ocorrido ao delegado Wolney Nascimento Lopes que, segundo a sentença, “deixa de incluir no corpo do caderno inquisitorial o Termo de Declaração, portanto, suprimindo tais informações do conhecimento do Juízo e do Ministério Público, acaba por comprometer a formação da opinio delicti e, assim, interferindo no direcionamento a ser dado na persecução penal”.

O caso foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil do DF que deverá apurar qual foi a intenção do delegado ao omitir o depoimento, forçando assim, o arquivamento da investigação contra Giuvan.

Um novo laudo da perícia criminal concluiu que tanto a versão de Laryssa quanto a de Giuvan possuem inconsistências, mas são “parcialmente viáveis”. Após o parecer, o Juiz concedeu liberdade provisória à Laryssa sob a condição de utilizar tornozeleira eletrônica.

Fonte: Pleno News 

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