O Rio de Janeiro viveu, nesta terça-feira (28), um dos dias mais violentos de sua história recente, em meio a uma megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte da capital fluminense. As cenas de violência ganharam o mundo e geram preocupação entre governos estaduais que tentam se blindar contra fugitivos do Rio de Janeiro.
A ação, que tinha como objetivo cumprir mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV), resultou em quatro policiais assassinados, oito agentes feridos e 60 suspeitos mortos, entre eles dois criminosos oriundos da Bahia. Quatro moradores também foram atingidos pelos confrontos.
MEGAOPERAÇÃO
Segundo a Polícia Civil, 30 dos alvos da operação são de fora do Rio de Janeiro e estariam escondidos nas comunidades, apontadas pelas investigações como bases estratégicas do projeto de expansão territorial do CV para outros estados brasileiros. Até o fim da manhã, 81 pessoas haviam sido presas e 75 fuzis apreendidos.
A ofensiva, que mobiliza 2,5 mil policiais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), marca uma mudança no padrão de enfrentamento entre as forças de segurança e o crime organizado no Rio.
DRONES E AVANÇO DO CRIME
Os traficantes, em uma demonstração inédita de poder bélico, utilizaram drones para lançar granadas contra equipes das forças especiais da Core e do Bope — uma cena típica de guerra urbana.
O ataque, feito por meio de gatilhos mecânicos e elétricos acionados à distância, mostra o grau de sofisticação das facções e o desequilíbrio tecnológico e tático que as polícias enfrentam.
ESCALADA DA VIOLÊNCIA
Diante da escalada da violência, o governo estadual admitiu não ter condições de atuar sozinho e afirmou que o conflito ultrapassou os limites da segurança pública tradicional, exigindo apoio efetivo da União.
A tragédia expõe não apenas o avanço nacional do crime organizado, mas também a falta de coordenação entre os governos estaduais e o federal para conter o fortalecimento das facções — um fenômeno que ameaça se expandir para outras regiões do país, como o Nordeste.
ALERTA NO CEARÁ
O episódio reforça o alerta para estados como o Ceará, que vêm adotando medidas preventivas para impedir a entrada de criminosos de grupos cariocas e proteger seu território da influência dessas redes.
A crise no Rio, mais uma vez, escancara a urgência de uma política nacional integrada de segurança pública, capaz de enfrentar a criminalidade organizada com inteligência, tecnologia e cooperação institucional — antes que a guerra urbana ultrapasse todas as fronteiras.
HONRARIA NA ALECE
Sobre a cerimônia que Ricardo Lewandowski compareceu em Fortaleza, também nesta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, o ministro se expressou como ”extremamente honrado” por receber o título de cidadão cearense.
Lewandowski afirmou ter família no Estado, por seu sogro ser natural do município de Pentecoste.
Confira o vídeo:
Com informações do Ceará Agora
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