Encontrando certas dificuldades para atrair alianças e estimular sua candidatura, o ex-governador Ciro Gomes (PDT), segundo o jornal O Globo, imergiu na campanha do Ceará para evitar uma ruína em “seu principal reduto eleitoral”.
Em meio a sinais de isolamento e de atritos familiares, como a ausência de Cid Gomes, Ciro se encontra em terceiro lugar nas pesquisas.
Importante pontuar, no entanto, que Ciro foi mais votado no primeiro turno no Ceará nas três vezes em que concorreu a presidência. Buscando uma nova vitória, o pedetista citou no último domingo, 24, em Fortaleza, na oficialização da candidatura de Roberto Cláudio, a “prepotência de lideranças” que teriam abandonado seu grupo “por uma ninharia ou um carguinho de ministro” em referência ao Camilo, a quem já tinha acusado de ter um acordo com o ex-presidente petista em um eventual governo.

Essa indireta, vale destacar, surge logo depois que Camilo oficializou o rompimento de seu partido com o PDT. Isso aconteceu após uma disputa interna no partido com a atual governadora Izolda Cela, apoiada pelo ex-governador e por Cid e Ivo Gomes, irmãos de Ciro. No entanto, o nome escolhido para representar a sigla foi o de RC.
Cid, inclusive, se encontrou com o Camilo em Sobral, em uma possível tentativa de apaziguar os ânimos durante a campanha. Essa reunião rendeu uma foto entre os dois e Izolda. A legenda da foto publicada por Camilo em suas redes foi: “Amigos que a vida me deu e que ninguém separa. Respeito, carinho e união sempre”. A imagem veio durante oficialização do RC como candidato do PDT, na manhã do último domingo, 24.
O candidato a presidência, não estando satisfeito, também criticou a atual gestão estadual, encabeçada por Izolda, comentando que a população “está passando um péssimo bocado com desemprego, carestia e violência”.
Importante pontuar que quem lidera as pesquisas, por agora, é Capitão Wagner, apoiado por Bolsonaro. “Se nós fôssemos os danadões da propaganda, por que nosso principal adversário lidera as pesquisas? Políticos importantes, abaixem a crista”, disse Ciro em clara indireta ao PT, deixando claro que o melhor seria que o partido ficasse de fora da disputa, visto que não divide votos e desfavorece a vitória de Wagner, que, no atual momento, é o que mais tem aliados na disputa.
No atual momento, a candidatura de RC tem o apoio do PSD, que indicou o nome de Domingos Filho para atuar como vice na chapa. Camilo, por outro lado, busca atrair ainda mais partidos para seguir estruturando a base. Já o MDB, de Eunício Oliveira, que tem dado e recebido acenos de Lula, deve indicar o vice na chapa petista no Ceará.
Camilo também negocia apoios do PP e do PSB, além, é claro, do PSDB, de Tasso Jereissati, que, por outro lado, tem sugerido que não vai permitir que sua sigla vá para chapa do PT no Estado.
Fonte: Focus.jor
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