O Ceará registrou alta nos casos de dengue, chikungunya e zika entre 2020 e 2021. No ano passado, foram notificadas 36.062 infecções por dengue; um aumento de 50% em relação a 2020, quando foram registrados 24.039 casos. As infecções por chikungunya passaram de 1.083 em 2020, para 1.382 em 2021; e os casos de zika passaram de 212 em 2020, para 387 no ano passado. Os aumentos foram de 27% e 82% respectivamente. Os dados são da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
“Observa-se que em 2021 houve predominância de municípios com incidência muito alta nas regiões leste e norte do estado. Enquanto, em 2020, destacaram-se os municípios da região centro-sul do estado. Porém, a incidência das últimas cinco semanas no estado é de 9,2 casos por 100 mil habitantes, considerada incidência baixa, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde”, ressalta a orientadora da Célula de Vigilância Epidemiológica da Saúde do Ceará, Raquel Costa Lima de Magalhães.
Raquel Costa também destaca as ações da pasta no combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor das arboviroses.
Raquel ressalta ainda que o Estado do Ceará, juntamente com os municípios, vem fazendo o seu papel nesse controle, através da distribuição de insumos estratégicos, como vestimentas adequadas para os agentes de controle de endemias e material de campo. “Além disso, conta com estratégias que são desenvolvidas e monitoradas em cada município, como visitas regulares aos imóveis pelos agentes comunitários de endemias, que vão atuando e informando as ações de eliminação dos focos do mosquito”, detalha.
Situação do País
Entre os casos de zika, houve uma pequena redução de 15%, passando de 7.235 notificações em 2020 para 6.143 em 2021. Já a chikungunya registrou aumento de 32,66% dos casos, com 72.584 em 2020 e 96.288 no ano passado.
O sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Brasília, Claudio Maierovitch, destaca que 2020 foi um ano de muitos casos e, por isso, não se deve relaxar com a queda de contágios em 2021. “Mesmo não tendo havido aumento de um ano para o outro, essa não é boa comparação, uma vez que o ano anterior foi de números altos”, alerta.
Com informações Brasil 61
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