Carnes estão 30,8% mais caras em um ano; gasolina sobe 39,1% e álcool 62,3%



A inflação de agosto (0,87%) foi a mais alta para o mês desde de 2000 e, no acumulado de 12 meses, atingiu 9,68%. Mas alguns itens de consumo básico do brasileiro subiram muito acima da média do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE.


O repolho assumiu o topo da lista da inflação em 12 meses (desde setembro de 2020), com alta de 75,7%, desbancando o óleo de soja (67,7%), que há meses liderava o ranking.


Ainda entre os alimentos, o pimentão subiu 59,5%, o pepino 59,3%, a abobrinha 58,4% e a mandioca (aipim) 41,6%. O prato do brasileiro também ficou mais caro por causa do arroz (32,7%), do feijão fradinho (40,3%) e das carnes (30,8%).


De modo geral, as carnes ficaram 30,77% mais caras nos últimos 12 meses. Entre as carnes, as que ficaram mais caras no último ano foram: músculo (38,9%), patinho (36,1%), cupim (35,5%), filé-mignon (35,3%) e lagarto comum (34,3%).


O botijão de gás, essencial para a cozinha de milhões de famílias, subiu 31,7% na média nacional. Na região de Curitiba, a inflação do botijão chega a 36,3%, a maior alta entre as cidades pesquisadas pelo IBGE no país.


A alta dos combustíveis para veículos (30,2%) também pesa no bolso do consumidor. O álcool (etanol) disparou 62,3%, a gasolina subiu 39,1% e o diesel, 35,4%.


A energia elétrica residencial acumula alta de 21,1% desde de setembro de 2020. A alta reflete o acionamento de usinas termelétricas e a importação de energia para compensar a baixa produtividade das hidrelétricas nacionais, que enfrentam uma crise por causa da seca.


Confira a seguir alguns itens que mais subiram entre setembro de 2020 e agosto de 2021.

Vilões da inflação (IPCA acumulado em 12 meses)


Repolho: 75,7%


Óleo de soja: 67,7%


Pimentão: 59,5%


Pepino: 59,3%


Abobrinha: 58,4%


Mandioca (aipim): 41,6%


Feijão fradinho: 40,3%


Gasolina: 39,1%


Músculo: 38,9%


Açúcar refinado: 37,7%


Material hidráulico: 36,6%


Patinho: 36,1%


Cupim: 35,5%


Diesel: 35,4%


Filé-mignon: 35,3%


Lagarto comum: 34,3%


Laranja-lima: 33,4%


Costela: 33,3%


Picanha: 33,1%


Arroz: 32,7%


Pneu: 31,9%


Gás de botijão: 31,7%


Tomate: 31,4%


Alcatra: 29,8%


Frango em pedaços: 25%


Energia elétrica residencial: 21,1%


Inflação acumulada acima da meta


A inflação acumulada em 12 meses, de 9,68%, está acima da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, que é de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos —ou seja, podendo variar entre 2,25% e 5,25%. Desde o início do ano, a inflação acumulada é de 5,67%.



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